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terça-feira, 8 de novembro de 2011

II Encontro Nacional de Tecnologia da Informação - Governança de TIC



Nos dias 25, 26 e 27 de outubro de 2011 aconteceu o II Encontro Nacional de Tecnologia da Informação (ENTI), onde reuniram-se representantes de  órgãos públicos a nível municipal, estadual e federal, como também empresas privadas. O II ENTI abrangeu 6 atividades em paralelo, entre elas o I Encontro de Governança de Tecnologia da Informação cujo conteúdo vou compartilhar em 3 partes: Governança de TIC, Alinhamento Estratégico e Relação com as Pessoas.

O tema Governança de TIC foi um dos temas mais comentados já na abertura do evento. Todas as autoridades presentes, inclusive com a presença do Ministro das Cidades, Sr. Mário Negromonte, e da Ministra do Planejamento, Sra. Miriam Belchior, citaram a Governança de TIC em suas palavras. Nos seguintes parágrafos sintetizo o que foi abordado sobre esse tema durante os 3 dias de evento.

Um dado básico, mas que é sempre interessante reforçar é que para adotar a governança de TIC não é suficiente termos todos os conceitos na teoria, se na prática não aplicarmos e adaptarmos o que aprendemos de acordo com a cultura da organização. Corinto Meffe, diretor de integração e sistemas da informação da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, disse: "O ambiente de TIC é caótico por natureza".

Para tentar contornar esse caos é indicada a implantação das melhores práticas de governança de TIC. A implantação da governança deve ser realizada pensando grande, mas com passos pequenos. Não adianta pensar grande e tentar implantar tudo rapidamente sem o consentimento da cultura organizacional. Em analogia à palavras do Corinto, o Prof. Dr. Mauro Cesar, diretor de divisão tecnológica no Centro de Computação Eletrônica da Universidade de São Paulo , completou: "Com passos pequenos, teremos como tratar o caos num universo menor".

Em grande parte das apresentações tentaram mostrar que a responsabilidade pela governança de TIC é da alta administração, que a tecnologia deve dar todo o suporte necessário a essa governança, porém, não necessariamente, ser o principal responsável por ela.

É considerável também ter um comitê gestor ativo e ciente da situação e das necessidades da TIC. Este comitê gestor é o responsável por monitorar os custos e definir prioridades de investimentos. Em muitos órgãos o comitê gestor de TIC é criado, porém não funciona, existe apenas no papel.

Foi-se elucidado também a relação das melhores práticas em governança com os processos, pois processos são elementos essenciais para que a governança seja implementada de maneira efetiva. É interessante frisar que não adianta otimizar e implantar processos, é necessário estar presente diariamente no "corpo-a-corpo" explicitando os benefícios, tanto no ambiente de TIC quanto em toda a organização, quantas vezes sejam necessárias.

Para isso, precisamos definir papéis e responsabilidades para que possamos monitorar os indicadores com mais eficácia e veracidade. Segundo Gustavo Sanches do TST: "Governança é dar transparência. Adotá-la é estar preparado para se expor". Saber em qual nível estamos não é o suficiente, precisamos reconhecer onde estamos para que possamos melhorar: "Quem não mede não se conhece".

Em geral, podemos dizer que a governança de TIC se dá em alguns pilares como: participação direta da alta administração; geração de indicadores; definição de papeis e responsabilidades; implantação e gerenciamento de processos;  e, principalmente, o entendimento da cultura organizacional para a melhor adaptação das pessoas à implantação da governança de TIC, sem o apoio e engajamento dos colaboradores dificilmente a governança terá sucesso. Governança de TIC é mudança de cultura e é um caminho a ser seguido para a melhoria e continuidade da prestação de serviços da Tecnologia da Informação e Comunicação.

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