Acessem também: www.produtic.com.br

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Crise e a TIC

Selecionei um tema que deve estar saturado para muita gente: A crise financeira. Mas, Calma! Não irei falar de banco x ou y, de hipotecas ou temas já (bem) descritos. Iremos tratar de (i) planejamento, (ii) Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e (iii) oportunidade.

Para início de conversa, podemos verificar que praticamente todas as organizações foram afetadas com esta crise. Porém, algumas delas conseguiram manter-se bem perante tal situação. Por quê? Segundo o consultor Dagoberto Hajjar, presidente da Advance, estas organizações planejaram-se para o quadro que teve início no fim do ano passado. Ainda segundo Hajjar, um bom planejamento deve ser projetado com cenários hipotéticos diferentes – otimista, realista e pessimista.

Apesar do encadeamento da crise financeira, a área de TIC não fora muito afetada. Segundo Antonio Gil, presidente da Brasscom1, ao contrário de outros setores, como financeiro e imobiliário, a área de TIC pode tirar grande vantagem desse momento de turbulência. Ele disse que "Se há redução de pessoal, é necessário ter um software para o trabalho ser feito com a mesma produtividade”. Portanto, devido à tendência de demitir funcionários para combater a crise e sustentar a empresa no mercado, a produtividade não deve acompanhar essa tendência. Para tentar manter a produtividade são necessárias implantações de ferramentas computacionais que automatizem processos e tentem suprir (ao máximo) o corte destes colaboradores.

Neste cenário, o Brasil poderá desempenhar um importante papel no fornecimento de serviços de TIC. Esta é uma das conclusões do estudo “The Impact of the Global Economic Downturn on Outsourcing and Offshoring”, encomendado pela Softex junto ao instituto norte-americano de pesquisas e análises de mercado Everest Institute. A pesquisa alerta que o nosso país precisa prioritariamente demonstrar como pode se integrar à atual estrutura global de entrega de serviços de TIC desde que haja investimento nos centros de tecnologia, pois temos um contingente de mão-de-obra qualificado para competir com os principais fornecedores mundiais. Em números, citamos o IDC2, que prevê que o crescimento da TIC na América Latina será menos afetado. O índice de crescimento por aqui deve ser de 7,8%, contra uma queda de 0,9% nos Estados Unidos.

Porém, ao mesmo tempo que temos mão de obra qualificada, não temos contingente como podemos verificar nesta reportagem do Jornal Nacional:




Concluindo, reforçamos a importância dos investimentos na TIC de qualquer organização. E para que tenhamos investimentos concisos nesta área são necessários desenvolvimento, execução e revisão de um Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação (PETIC).

1 Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação.

2 International Data Corporation, empresa líder mundial em inteligência de mercado, consultoria e conferências nos segmentos de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

Bibliografia

CIVA, Gláucia. Crise x TI: salve-se quem puder!

BALIEIRO, Silvia. Crise é oportunidade para a TI, diz Brasscom.

IT CARRERS. Pós-crise: Brasil pode ser grande fonte de outsourcing de TI para EUA e Europa.